Estive off total no mês de Julho, pela primeira vez, sem Net, longe dessa tecnologia escravizante(kkkk). "È o Mês das férias", dizíamos quando éramos crianças. época de ficar sem tempo de acordar, dormir, comer, só pensar em brincar, ficar vendo filme na tv, sair pra passear com mãe, pai, avòs.
Este ano foi diferente - para mim, ao menos - pois eu já não sou mais criança e agora, mãe, pela primeira vez me peguei ás voltas com uma preocupação absurda: aonde levar minha filha nessas férias? Bom , lógico que ela ainda nem cogita o que venha a ser isso, para ela o tempo ainda é linear, onde tudo o que acontece tem uma rotina já estabelecida. talvez eu é quem, na ausência do trabalho, tenha me sentido meio perdida: "e agora, fazer o quê?". Será que ela já tem idade para ir em determinado brinquedo, será que aquela praça legal não vai estar muito cheia, ou será que ela vai saber ficar em pé numa piscininha e não cair?Caraca!!! quanto "sofrimento"!!! e Sara tirou de letra. Aliás, Julho foi o mês da "1ª vez"!! foi a primeira vez que ela foi ao cinema normal e viu outras crianças tantas quantas ela quisesse e gritou e esbugalhou os olhinhos quando as luzes se apagaram (e não simplesmente assistiu um video no DVD, com o pai e a mãe do lado, que coisa sem emoção, né?), a primeira vez que ela foi ao parquinho (e "andou" direitinho nos brinquedos que dão circulos), a primeira vez que ficou em uma piscininha só dela e boiou até não querer mais (mas claro, pedí para meu esposo ficar dentro para caso ela escorregasse, tivesse alguém para apará-la, que eu não me fio totalmente na sorte ainda não!!).
Pela primeira vez, ficamos eu, ela e o pai, totalmente juntos, 24 horas por dia, e confesso que adorei cada minutinho desse tempo. Minha mãe não teve isso conosco, pois mal ela paria, meu pai, apressadinho, já deixava outra sementinha lá...ele também era desses pais que acham que só a mulher é quem deve cuidar dos filhos, acalentar, fazer sorrir , fazer chorar, dar banho e preparar a comida, enquanto ele ficava refastelado no sofá assistindo jogo de futebol ou como hoje em dia, jogando video-game. Nada contra quem joga video game, viu? mas eu sou da opinião que, se você tem um filho, as responsabilidades devem ser compartilhadas, até por uma questão de procurar aumentar a cumplicidade do casal. se sua esposa está dando banho em um bebê, dê carinho ao outro, e se não tem outros filhos, ajude a fazer a comida, lavar a louça (e que bom que meu esposo é assim, senão eu entrava em parafuso)...as esposas agradecem!
Apesar de cansativo (é sim, queridos!!ficar bolando coisas miranbolantes para uma criança de 1 ano e 8 meses fazer não é mole!!! e o pique para pular, dançar e gritar- fiz o teste da música da Bioncè e não é que funcionou?? mas quem manda, né?kkkkk), foi um exercicio diário de paciência, bom humor e criatividade. posso até dizer que me desliquei desse nosso mundo adulto e tive necessidade de voltar ás minhas raizes infantis (nome chique para dizer que não estava nem ai com nada) e tentar lembrar de como fazíamos determinada brincadeira ou dos aromas e sabores que me levaram a cozinhar besteirinhas apetitosas daquele "tempo de antigamente" para dar de comer para minha pequenina, sempre pensando "um dia ela vai se lembrar desse cheiro e desse gosto e vai sorrir".
Espero sinceramente, que estes momentos tão nossos fiquem gravados na memória dela, ou pelo menos a sensação deles. esses pequenos valores (aconchego familiar, respeito, atenção, carinho com o outro) para mim, são tudo o que de mais precioso posso passar a ela no momento, pois ainda não conseguimos nos entender com as palavras.
E que venham mais Férias como estas!!
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