terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Recados
por Recados para Facebook

Felizes nós!
Em Deus, Para Deus, Por Deus.
Na alegria e na dor, em casa ou no hospital, na areia ou na grama, no café ou no jantar, por todos os dias e noites, e mesmo até depois do sono infinito.
Te amo!

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Mãe também tem medo!






As crianças não têm medo. Acho incrível essa capacidade delas de "se jogar" nas situações, sem pensar, sem ter "crise de consciência"- se vai ou não, se pode ou não pode, se tentar vai machucar ou não. Agora entendo minha mãe quando ela me dizia que "eu me jogava demais na frente das coisas", "que eu não media as situações"...na verdade, eu media sim, mas eu nunca me preocupei em ter uma meta "xis" com o que fazia. Fazia por gosto, por necessidade, porque ninguém fazia, ou porque as situações me revoltavam.

Sagitário é muito justiceiro. Eu reconheço em mim essa "qualidade". Eu quebro a cara, mas faço como aprendi na vida: por mais que todo mundo diga que você errou, o seu "grilo falante" interior é a sua medida de aceite ou não.  E se você se pune ou se ama, depende do resultado da sua conversa com seu grilo.

Mas ai, veio a maternidade, e você começa a ter medo pelos outros, por tudo, por nada. Você fica meio á mercê do "e se..."ou faz e vê o que acontece.

Então que dia desses, minha filha, esposo e eu fomos a um parque de diversões, que ela já vinha pedindo há tempos pra ir. E eu, dando oportunidade para que ela e o pai fossem em todos os brinquedos, até porque fazia tempo que ele também não aproveitava uma boa diversão com a filha, sem ser joguinhos de Dora aventureira no joistick ou filmes no DVD. decidi que aquela tarde seria só deles. Mas eu me pegava, de vez em quando, olhando para a roda gigante, e não sabia direito porque estar perto dela me causava uma sensação de eu estar "me saindo" de ir até ela...

E aconteceu de minha filha querer ir, pela enésima vez, na bendita roda gigante. O pai vira pra mim e diz que agora era a minha vez. Eu entrei na "cestinha" e já na primeira volta, subindo, senti meu rosto pegar fogo! pensei: "minha pressão foi pro beleléu", tentei me acalmar e não vomitar, porque tinha "alguém" do meu lado, e eu não podia fazer cara de assutada, para que ela não ficasse "com trauma" de roda gigante, que nem a mãe dela.

Minha filha começou a pegar no meu rosto e dizer que estava tudo bem, que estava tudo bem, e começou a rir...de mim!!!

Eu me dei conta que estava de olhos fechados, dizendo "ai meu deus,ai meu deus,ai meu deus" e com pequena dificuldade de respirar, apesar de, ao mesmo tempo, lembrar que eu tinha que abrir os olhos e olhar para o horizonte, respirando fundo, como minha mãe tinha me ensinado... mas já era tarde demais!! aquela pessoinha ali do meu lado estava EXTASIADA com o fato de ter descoberto que "a mamãe estava com medo do brinquedo", e ela só ria e dizia "calma mamãe, calma" e ria de novo!!   E quanto mais eu falava, ela olhava para mim e ria! caramba! Senti como se tivesse revelado um segredo secretíssimo da maternidade, algo tão "exclusivo e profundo" que me deixava morrendo de vergonha na frente da minha filha de recém completados cinco anos... porque a gente aprende desde pequena que mãe não chora, mãe é forte, mãe sabe de tudo, mãe é corajosa...e como um simples brinquedo colocou toda a minha "discreta fortaleza" por água abaixo!?

O passeio terminou e ela não parava de contar a aventura dela com a mamãe no "brinquedo grande que roda"...gostou tanto que contou pra professora, para a(s) avó(s), para o avô, para as tias, primos e coleguinhas....

Pronto: foi-se minha imagem de "toda poderosa",kkkkkk.

Mas por outro lado, meu "grilo falante" chegou comigo e me confidenciou: "Que bom que ela saiba que você é um ser humano como ela, que se machuca, tem medos, chora e rí. Que bom que você está aqui para ensinar a ela como lidar com isso, principalmente, a rir dessas coisas, porque virão tempos ruins, e ela vai precisar saber como ver o outro lado das situações".

Suspirei e sorri.

A vida ensina, e a consciência, guia.























sexta-feira, 22 de maio de 2015

Ahhhh, Sherazade!






 Eu adorava Simbá e Ali Babá. Depois assisti ao clássico " O Rei e Eu", mas dificilmente ouvia alguma estória árabe com personagem feminino, até que surgiu Sherazade, Vários filmes se sucederam, todos lindos. 
Até hoje fico fascinada com os vestidos cheios de estampas e arabescos milimetricamente pintados ou bordados que as atrizes vestiam. Mas a origem da princesa que contava estórias para o rei como forma de fugir da morte pouco me era possível de entender. Como alguém poderia "se jogar" numa situação que envolvia a perda da própria vida?

Eu não sou noveleira. Não mesmo. depois que minha filha nasceu, pouco me importo de perder capítulos ou novelas inteiras, tampouco em ver filmes que não sejam "de criança". 

Outro dia, pela pura falta de vontade de assistir as mesmas coisas, desencavei meus combos de Dvd´s de Piratas do Caribe, de Star Trek, de Senhor dos Anéis. Minha filha amou!! Curtiu o " Capitão kiki", o "senhor de barba branca", e o "pirata doidão".

Enquanto isso, eu procurava Sherazade...

Ai, descobri uma novela maravilhosa em um canal de tv, com o nome sugestivo de "Mil e uma noites", nem um pouco apelativa, muito bem escrita e encenada. A sensação boa de realmente ver algo "novo". A mesma sensação que tive em ter prazer em assistir "Xica da Silva" e " Cheias de Charme" (em momentos bem diferentes da minha vida), de lembrar de todas as músicas, de arrepiar em cantar, senti com esta. E principalmente, a personagem principal tinha o nome da princesa que eu há tempos buscava....

Buscando no google, achei a história a seguir, que transcrevo aqui:

"Xerazade (do persa شهرزاد), grafado também como Sherazade ou Sheherazade, é uma lendária rainha persa e narradora dos contos de As Mil e Uma Noites.
Segundo a lenda da antiga Pérsia, Sherazade, com sua beleza e inteligência, fascinou o rei ao narrar histórias fantásticas por mil e uma noites, poupou sua vida e ganhou o eterno amor do Rei Shariar.
Conta a lenda que na antiga Pérsia o Rei Shariar descobriu ter sido traído pela esposa, que tinha um servo como amante. Enfurecido o rei mandou matar os dois. Depois, toma uma terrível decisão: todas as noites, casar-se-ia com uma nova mulher e, na manhã seguinte, ordenaria a sua execução, para não mais ser traído. E assim foi por três anos, causando medo e lamentações em todo o reino.
Um dia, a filha mais velha do primeiro-ministro, a bela e astuta Sherazade, diz ao pai que tem um plano para acabar com aquela barbaridade. Porém, para aplicá-lo, precisa casar-se com o rei. O pai tenta convencer a filha a desistir da ideia, mas Sherazade estava decidida a acabar de vez com a maldição que aterrorizava a cidade. E assim aconteceu, Sherazade casou-se com o Rei.
Terminada a curta cerimônia nupcial, o rei levou a esposa a seus aposentos; entretanto, antes de trancar a porta, ouviu uma ruidosa choradeira. “Oh, Majestade, deve ser minha irmãzinha, Duniazade”, explicou a noiva. “Ela está chorando porque quer que eu lhe conte uma história, como faço todas as noites. Já que amanhã estarei morta, peço-lhe, por favor, que a deixe entrar para que eu a entretenha pela última vez!”
Sem esperar resposta, Sherazade abriu a porta, levou a irmã para dentro, instalou-a no tapete e começou: “Era uma vez um mágico muito malvado...”. Furioso, Shariar se esforçou para impedir a história de prosseguir; resmungou, reclamou, tossiu, porém as duas irmãs o ignoraram. Vendo que de nada adiantava pestanejar, ele ficou quieto e se pôs a ouvir o relato da jovem, meio distraído no início, e muito interessado após alguns instantes. A pequena Duniazade adormeceu, embalada pela voz suave da rainha. O soberano permaneceu atento, visualizando na mente as cenas de aventura e romance descritas pela esposa. Repentinamente, no momento mais empolgante, Sherazade calou-se. “Continue!”, Shariar ordenou. “Mas o dia está amanhecendo, Majestade! Já ouço o carrasco afiar a espada!”. “Ele que espere”, declarou o rei. Shariar deitou-se e dormiu profundamente. Despertou ao anoitecer e ordenou à esposa que concluísse a história, mas não se deu por satisfeito: “Conte-me outra!”. Sherazade com sua voz melodiosa começou a narrar histórias de aventuras de reis, de viagens fantásticas de heróis e de mistérios. Contava uma história após a outra, deixando oSultão maravilhado.
Sem que Shariar percebesse, as horas passaram e o sol nasceu. Sherazade interrompeu uma história na melhor parte e disse: “Já é de manhã, meu senhor!”. O rei, muito interessado na história, deixou Sherazade no palácio por uma noite mais. E assim Sherazade fez o mesmo naquela noite, contou-lhe mais histórias e deixou a última sem terminar. Muito alegre, ora contava um drama, ora contava uma aventura, às vezes um enigma, em outras uma história real. E assim passaram-se dias, semanas, meses, anos. E coisas estranhas aconteceram. Sherazade engordou e de repente recuperou seu corpo esguio. Por duas vezes ela desapareceu durante várias noites e retornou sem dar explicação, e o rei nunca lhe perguntou nada. Certa manhã ela terminou uma história ao surgir do sol e falou: “Agora não tenho mais nada para lhe contar. Você percebeu que estamos casados há exatamente mil e uma noites?” Um som lhe chamou a atenção e, após uma breve pausa, ela prosseguiu; “Estão batendo na porta! Deve ser o carrasco. Finalmente você pode me mandar para a morte!”.
Quem adentrou nos aposentos reais foi, porém, Duniazade, que com o passar dos anos se transformara numa linda jovem. Trazia dois gêmeos nos braços, e um bebê a acompanhava, engatinhando. “Meu amado esposo, antes de ordenar minha execução, você precisa conhecer meus filhos”, disse Sherazade. “Aliás, nossos filhos. Pois desde que nos casamos eu lhe dei três varões, mas você estava tão encantado com as minhas histórias que nem percebeu nada...” Só então Shariar constatou que sua amargura desaparecera. Olhando para as crianças, sentiu o amor lhe inundar o coração como um raio de luz. Contemplando a esposa, descobriu que jamais poderia matá-la, pois não conseguiria viver sem ela. Assim, escreveu a seu irmão lhe propondo que se casasse com Duniazade. O casamento se realizou numa dupla cerimônia, pois Shariar desposou Sherazade pela segunda vez, e os dois reis reinaram felizes até o fim de seus dias."

Perceberam? ela foi sábia, corajosa e destemida. Trouxe tranquilidade e paz para um reino inteiro, sem precisar bradar uma espada, além de ser a primeira psicóloga árabe, digamos assim, pois aos poucos conseguiu restabelecer a confiança de um rei totalmente destroçado e trazê-lo para a realidade.

Quantas de nós não fazemos isso todos os dias? esquecemos de nós para ajudar os outros a caminhar?

Enquanto isso...

Eu Só Queria Te Amar – Música da abertura – Trilha sonora de Mil E Uma Noites
Me olha diferente
Me abraça e não sinto seu calor
Sozinha então me sinto
Seu jeito me ferindo o coração
Eu perdendo a razão
Você, bela página de um velho livro
Não vou mais te esquecer
Assim morre outra vez meu coração
Nessa estrada onde eu caminho só
E o céu que se abriu pra gente se amar
Ficou cinza e de repente se escondeu de nós
Onde a gente se perdeu queria tanto achar
E me lembrar, eu só queria te amar
Não, não vale a pena perder o amor, que pena
Não posso não, não consigo não
Quero a nossa vida, de volta
A alegria que soltou da minha mão
Você, bela página de um velho livro
Não vou mais te esquecer
Assim morre outra vez meu coração
Nessa estrada onde eu caminho só
E o céu que se abriu pra gente se amar
Ficou cinza e de repente se escondeu de nós
Onde a gente se perdeu queria tanto achar
E me lembrar, eu só queria te amar
Você, bela página de um velho livro
Não vou mais te esquecer
Assim morre outra vez meu coração
Nessa estrada onde eu caminho só
E o céu que se abriu pra gente se amar
Ficou cinza e de repente se escondeu de nós
Onde a gente se perdeu queria achar
Nessa estrada onde eu caminho só
E o céu que se abriu pra gente se amar
E me lembrar eu só queria te amar
E me lembrar eu só queria te amar
Intérprete: cantora Laís.

Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Xerazade