domingo, 20 de maio de 2012

Voltando do Além-Parto...



Desde o ano passado eu venho tentando retomar meus estudos da pós graduação que eu meio que esqueci desde o ano que Sara nasceu. Diga-se de passagem, que eu descobri que estava grávida quando já tinha começado a turma, então não pude abandonar o investimento que na época para mim era muito importante. Passados quase três anos, eles não fecharam mais turmas e a minha mente anda coçando, pedindo, implorando pelos estudos que eu não terminei. Hoje, passados dois anos e sete meses, eu volto do além-parto para retomar uma vida acadêmica que eu amava, o que muito me deixa feliz!!

Fico pensando em quantas mulheres já não passaram pelo mesmo que eu, ou seja, estar com a mente em algo "palpável" e estar com as emoções (leia-se hormônios) sem um pingo de vontade de acompanhar o plano intelectual!! eu passei por isso,sim! Mas pra voltar, não foi um caminho fácil. Minhas leituras até pouco tempo eram exclusivamente assuntos maternos - amamentação, maternação, gestação - hoje eu me policio para comprar livros mais lights desses temas (viu, Ric ;)? ), porque preciso focar novamente em uma outra área que eu me forcei a dar um tempo, pela Sara. HOJE eu sinto essa necessidade, HOJE eu sinto que POSSO voltar, não como a metade que todo patrão acha que a mulher fica depois de ter um filho, mas sim muito mais centrada, mais moderada, mais organizada (tinha que ser, né?? hihihihi), mais chata em alguns aspectos (leia-se sem tolerância para disse-me-disse). O filtro aumentou consideravelmente. Ou será só mais uma fase?? 

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A foto me intrigou porque a menina destacada nela parece muito com a Sara, quando faz biquinho para "ler"...

sábado, 19 de maio de 2012

O Tempo de uma Amizade



Estava eu de cama, com a "mardita" virose, e com nenhuma vontade de ler meus queridos livros que de vez em quando eu olho por terminar, quando me deparo com o tema do Sem Censura desta semana, mmmuito bom de ver por sinal, super bem conduzido pela excelentíssima (de excelente) Leda Nagle: A amizade no decorrer do tempo. 

Lembrei imediatamente de uma grande amiga que tive na adolescência, e que de uma forma ou de outra era referência para mim.Lembrei que nunca briguei com ela por causa de namorados, ou de maquiagem e nunca tive a impressão de estar "competindo" com ela por alguma coisa, assim como me lembrei que também senti muito ciúme dela, quando uma colega de colégio fez questão de "ser amiga" dela do nada, e de eu não ir muito com a cara dela de jeito nenhum também por causa disso...

Lembrei que mais tarde nos reencontramos e eu tentei dar a mesma sequência da amizade de outrora (ela se mudou em razão da morte do pai), mas ela tinha um namorado na época , que me vendo certo dia na casa dela, e sem ela saber/ver, veio me perguntar "que tipo de amizade forte era essa que tinha me feito lembrar dela só naquele dia?, tipo, dando a entender que eu de alguma forma havia a "abandonado" em algum momento e estivesse surgindo sabe-se lá com que intenção, naquele dia...eu lembro de ter dado uma resposta até muito básica, dada a interpelação ter saido de alguém que nem me havia visto mais magra na vida  e obviamente desconhecia o tanto de anos que me ligava àquela amiga e os tantos segredos e momentos que havíamos passado em nossas vidas, antes dele "existir". Fiquei passada. como uma criatura idiota daquela poderia falar daquele jeito?? me senti uma intrusa pelo resto do dia, apesar de ser tratada com a mesma doçura e amabilidade por esta amiga, sua irmã e sua mãe (que tinham presenciado tantos e tantos causos que aconteceram em nosso tempo de colegial) que antes.

Tempos depois, tentei telefonar á ela para conversar e marcar uma saida, mas ela, ao telefone comigo, estava nitidamente mais encantada com a voz do namorado ao lado (que sabia que era eu ao telefone), pois num momento resolveu  que não poderia conversar tanto comigo pois estava com o dito cujo em casa. Eu entendi  direitinho o que acontecia. Eu fiquei muito chateada com o ocorrido e contei a ela sobre o "interrogatório "que ele havia me feito. Mas desde ai não nos falamos mais. A encontrei no orkut e ela soube da minha gravidez, do meu parto, e ficou de ir comer comigo um bolo de abacaxi, pelo dia de visita para a minha filha, e que eu havia feito especialmente pra ela, a pedido...esperei em vão.

Mais tempo se passou, a encontrei solteira novamente, cursando faculdade, com um sobrinho peralta do lado (hoje ela tem mais um, de menos de mês) e hoje está grávida de seu primeiro filhotinho(a).

Outra pessoa maravilhosa me foi apresentado pela minha madrinha, no Rio de Janeiro, em 1988. Eu tinha completado 15 anos e minha mãe, do nada , apareceu com as passagens de avião na mão! fizemos as malas correndo e fomos viajar. Ele era, por assim dizer, o amigo de todas as horas da minha tia, e muito parecido comigo: adolescente sonhador. depois desse encontro nos correspondemos por quase três anos, me contava das suas participações nas novelas da Globo (ele era figurante), e eu ficava esperando ele aparecer conforme ele dizia...me escrevia cartas muito legais, dividíamos muitas das nossas loucuras e nunca sequer passou pela minha cabeça que algo estivesse errado. Gente, existe sim amizade entre homem e mulher! Eu fazia festas homéricas quando as cartas dele chegavam pelo correio, o carteiro já até sabia!!! Ai um amigo dele o chamou pra trabalhar no exterior e ele me contou por carta que precisava não escrever tanto. Eu chorei horrores, parecia que meu mundo ia acabar. Ele era a única pessoa que minha tia me deixava de "herança", que a havia conhecido e era nosso elo de ligação. Ela faleceu em meados de 1990.

Da última vez que nos falamos ele estava na Alemanha, em KOLN (colônia).Tentei novos contatos, no endereço do Leblon, mas nunca me retornaram. Bom , pelo menos ele deve ter recebido, porque as cartas não voltaram! :)

Eu queria muito que eles soubessem que eu nunca os esqueci. Que pelo menos, da minha parte, as nossas  aventuras e sentimentos de antigamente são as lembranças mais fortes e doces que tenho de uma amizade. Que mesmo com todas as separações da vida, eu NUNCA vou me esquecer deles. e que eu espero que um dia Sara encontre alguém assim, como nós: amizades leais e de valor.

Também veio na minha mente uma outra pessoa, que vivia dizendo para mim: "pode contar, comigo, viu?" ou "qualquer coisa, estou aqui.", mas que na verdade eu sentia que a coisa não era tanto pela amizade, se é que ali existia alguma coisa etérea a ponto de ser isso. Eu sentia que não podia me abrir com ela, que algo estava errado, ela forçava muito a "entrada", digamos assim, no "meu" mundo. No mundo que eu, ou nós tentamos esconder: o quarto dos caquinhos dos nossos sentimentos (vide "o apanhador de sonhos")...e desculpa viu, filha, eu não sou tão manipulável assim. Você não é, nem nunca vai ser AMIGA de alguém!! seus posts, no blog que você abandonou, me deixaram bem claro que eu não posso confiar em você. Alguém tão cheia de rancor, agressividade e posso até dizer, inveja, é no minimo uma péssima carta de referência. Desculpa, mas eu não quero gente como você na minha roda de amizades, é um direito que me assiste. A doçura árida no seu semblante apenas é a ponta do iceberg de tanta coisa nojenta que é esse emaranhado de sentimentos que você tem ai dentro, não resolvidos, e que você faz questão de expor nas listas de discussão de que você participa. Não se preocupe, eu não vou dizer seu nome, até porque cada um sabe onde o calo lhe aperta, e não vou maximizar suas frustrações. Mas nunca mais chegue perto de mim, nem venha me dizer, "que podemos ser amigas". Não seja infantil, não insulte minha inteligência, como você vem fazendo desde que nos conhecemos. "Game Over" para você.


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"As pessoas não aparecem em nossa vida por acaso: acabam levando um pouco de nós com elas e deixam um pouco de sí conosco".  Maior verdade que essa, impossível!!