segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Permita-se ser imperfeita!!



Esse texto foi-me enviado por e-mail por uma amiga. Creio que, em algum momento nestes últimos dois anos, eu lembrei que sou apenas uma mera mortal. E acreditem, é a mais pura verdade!

"'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros...

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada .

Tempo para fazer tudo .

Tempo para dançar sozinha na sala .

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias..

Cinco dias!

Tempo para uma massagem...

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante".

Martha Medeiros - Jornalista e escritora

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Mágica do Bê-á-Bá.

Imagem retirada de portuguesembadajoz.wordpress.com


Eu ainda fico feito bolha de sabão, quando escuto Sara, os pouquinhos, começar a formar frases e gostos e dizer o que quer e o que não quer...lembro de quando começaram os ruidinhos gostosos de nenén recén nascido (òoo,ùuuu,áaaa), depois os báa,bóo, depois as "conversas" que pareciam cantoria e que ás vezes ela fazia sem parar para respirar(como quando fomos pra Mosqueiro pela primeira vez, e ela colocou os pés na areia, e ficou tomando sol na praia, e quando voltou pra casa,aninhada no colo da tia Carol, contou tooooodddaasss, por mais de quinze minutos), como se estivesse contando uma estória muito engraçada ou tentando dizer o quanto tinha sido bom o dia dela e o quanto de coisas legais ela tinha visto, feito, tudo colorido com aquela risadinha maravilhosa de bebê que a gente não esquece...

As pessoas se preocupam tanto com que idade a criança vai começar a andar, ou falar, que esquecem de curtir esses momentos únicos que eu só posso quardar na mente e no coração!! eu tenho uma vizinha que a bebê dela, até então com 1 ano e quatro meses, não andava, e ela pensava que era "anormal" pra idade dela...quem disse isso pra ela,gente???ainda não tinha andado porque apesar de ela já ter essa idade, ainda não estava preparada, neh? Sara mesmo só andou com 11 meses, só iniciou a "falar" mesmo agora, com 1 ano e 11 meses, e eu não me descabelava por nada disso!!...

Primeiro, ela só emitia sons parecidos com uma palavra, depois imitava as palavras, mas não sabia o que queria dizer, depois foi "conectando" as palavras com a mesma situação ou coisa que ela entende ser pra ela, e a pouco tempo ela começou a formar pequenas frases, tipo:"qué comê", "qué ábua", "tia caol banbanho(tia carol tomando banho)", "pichá com a mini(passear com a minie,nossa cadela)", "cato miau comê(gato quer comer)", "sapato" e a preferida: "qué chuco(suco)", além de "lindo, lindo, qué lindo"(agora tuudo é liindo-as ávores enfeitadas, as luzinhas piscando, um guardanapo de mesa bordado-kkkk).

A cada dia eu fico surpreendida com essa mágica do Bé-a-bá! fico imaginando como é que essa linguagem foi parar na boca do bebê, e fico dando risada sozinha a cada "exposição de vontades" da minha filha! outro dia, eu estava dando banho nela,e um pouco de água caiu nos seus olhos...ela virou pra mim e disse "não faça isso, mamãe!" como se eu tivesse deixado cair água de propósito...quando já está satisfeita, também fala "não qué mais,mamãe" e ás vezes eu prontamente acolho a sugestão, outras eu tento só mais um pouquinho, ás vezes eu coloco pouca comida no prato e ela pede "mais, mamãe" ou outro dia, quando ela falou o "bom dia,mamãe" e já era de noitinha :):):)  

Ai vem aquela sensação gostosa, sabe, a mesma de quando você sente os bracinhos do seu filho ao redor do seu pescoço, te abraçando pela primeira vez?? aquela sensação de aconchego, de querer bem, de que tudo está caminhando, de que tudo está acontecendo no seu tempo, sem pressa, sem furdunço, sem agonia? é isso!...eu adooooro isso!! só as conversas muito longas que ela ainda continua a fazer naquela lingua do "p"- que eu tento, tento, forço a imaginação mas não consigo falar igual ,kkkkkkk- e as gesticulações "enormes de grandes", de quem está vendo um elefante no meio da sala e aquelas caretinhas que me matam de rir, como se algo muito importante estivesse sendo falado com uma urgência danada, logo depois seguidas por uma explosão de risadas que eu não consigo descobrir o motivo...e eu continuo achando o máximo vivenciar essa mágica no dia-a-dia e ter todo o tempo do mundo para vê-la florescer...ah, a mágica do crescimento!