O Caminho da Maternidade não se inicia somente na concepção. Na minha cabeça, quando você percebe que a Vida é essa troca maravilhosa de energia Nascimento/Morte/Nascimento, e que você faz parte disso, indubitavelmente, chega a sua hora de trocar energia, chega a hora de querer conceber uma sementinha que será uma parte de sua vida e levará adiante a sua história nesse mundão de meu Deus. Algumas mulheres e homens sentem quando isso acontece, outros têm uma "leve suspeita" (como foi comigo e meu esposo), outros não percebem e tomam um susto, mas todos, com raras exceções, sentem-se abençoados.Para mim, essa hora chegou no dia do casamento de um primo muito querido, onde eu percebi que tudo o que eu tinha conquistado até aquele momento era pouco, e uma tristeza imensa invadiu meu coração, e eu não sabia de onde vinha.Essa tristeza sumiu depois que me descobri grávida. E acho que era o que estava faltando, pois de lá para cá, minha vida virou uma Tempestade que pôs tudo de cabeça para baixo, no bom sentido.Meus valores, meu modo de ver as coisas, tudo tem outro sentido agora. Fico me policiando para não fazer as coisas que meus pais faziam comigo, e ao mesmo tempo me pego pensando que algumas coisas que eles faziam, HOJE, faz todo o sentido de ser...Há um ano e cinco meses não sei o que é dormir cedo, ler um livro direto, sair para ir ao cinema. Não sei mais o que é "deixar as coisas para depois", sair sozinha, esquecer do tempo.Hoje, tudo que faço tem tempo quase cronometrado para ser feito, leio um livro entre as sonecas da minha filha, assisto aos filmes em casa, todos os passeios são com ela, redescobri as brincadeiras de infância e AMO ficar sem fazer nada COM ela, rolando no edredon posto no chão ou cozinhando a comidinha dela do dia, ou ficando até três, quatro horas da madrugada esperando ela pegar no sono para depois arrumar os brinquedos espalhados e poder ir dormir. Me acostumei. Foi dificil, mas como tudo na Vida, sei que vai passar e vou lembrar muito disso tudo com Saudade.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Por que "A Maternidade e a Tempestade"?
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